
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta quarta-feira (14) a Operação Templo Vendido, que investiga suspeitas de irregularidades na gestão de uma unidade de saúde materno-infantil referência do SUS no sul de Santa Catarina. A apuração aponta subcontratações ilegais, superfaturamento e pagamento de vantagens indevidas envolvendo uma Organização Social contratada pelo governo do Estado por R$ 196 milhões, entre 2018 e 2023.
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em municípios de Santa Catarina e do Paraná, incluindo Florianópolis, Criciúma e Curitiba. O hospital investigado possui 125 leitos, UTI pediátrica, UCI neonatal, maternidade, centro cirúrgico e atendimento em 21 especialidades.
A investigação começou a partir de uma nota técnica da CGU que identificou que a OS contratava empresas ligadas a seus próprios dirigentes, com indícios de superfaturamento e desvio de verbas públicas. Os responsáveis podem responder por crimes como peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Denúncias anônimas sobre este ou outros casos podem ser feitas por meio da plataforma Fala.BR, da Ouvidoria-Geral da União.
A reportagem do portal Uaaau e TV Sul Catarinense entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina e com a organização responsável pela unidade. Até o momento da publicação desta matéria, os órgãos não se pronunciaram.